Crê-se que os primeiros caçadores de sonhos ( dream catchers) surgiram na tribo dos Ojibwa, que habitavam a região dos grandes lagos da América do Norte. Para eles, era fundamental saber decifrar os sonhos, pois acreditavam que lhes facultavam importantes mensagens sobre a vida, a natureza e o universo. Segundo eles, enquanto se dormia, o ar enchia-se de sonhos e energias ( boas e más) e o caçador de sonhos servia de proteção e purificação dos sonhos, filtrando e separando as energias e os sonhos negativos. Além disso, este filtro trazia sabedoria e sorte a quem o possuía.
Segundo a tradição, o dream catcher era feito com ramos flexíveis de salgueiro formando um círculo, revestido com tiras de couro, criando assim uma espécie de teia de aranha com uma abertura circular no centro, o que se traduzia numa mandala que representava a totalidade e o ciclo da vida.
Os fios da teia, presos ao círculo, podiam ser tecidos em 7 pontos (7 profecias) 8 pontos (8 direções sagradas), 13 pontos (13 luas), variando de acordo com cada tradição e intenção. O círculo era depois adornado com uma pena ( preferencialmente de coruja, por significar “sabedoria”), assim como com outras penas, contas, cristais e adereços. As penas simbolizavam a respiração e o ar, elemento essencial para a vida.
O adorno devia ser pendurado sobre a cama das crianças e dos adultos, num lugar que recebesse luz solar. Os sonhos bons saberiam exatamente onde ir, conseguindo passar pelo buraco central da teia, enquanto os sonhos ruins ficariam perdidos e acabariam presos nos fios, desaparecendo com os primeiros raios solares.
Atualmente, encontramo-los feitos nos mais variados materiais e cores, servindo também como peça decorativa. Porém, o que diferencia um dream catcher como instrumento de poder de uma peça meramente decorativa é a intenção com que é utilizado.
Se o quer utilizar numa perspetiva de proteção, comece por purificar previamente o ambiente e o próprio filtro, colocando depois a sua intenção, pedindo proteção para o lar, a família e os seus pensamentos e sonhos.
